Viagem cultural: 7 motivos para escolher o Mato Grosso como destino

Já pensou em presenciar uma dança típica da Idade Média? Ou que tal ver o bailado dos “cupins de asa”? Ou ainda conferir de perto um instrumento que é patrimônio cultural do país? A cultura do Mato Grosso oferece isso e muito mais devido à herança deixada pelos europeus, africanos e indígenas nesse recanto do Brasil.
Ficou curioso? Então confira no post de hoje 7 atrações culturais desse estado e escolha o Mato Grosso como destino para as suas próximas férias!
1. Cururu
Típico do Mato Grosso, o termo curioso nomeia uma dança cuja origem tem estreita relação com a vinda dos jesuítas à região do Pantanal na época da colonização portuguesa.
Mas foi com o passar dos séculos que o festejo se enraizou no estado, saindo das igrejas para ser praticado na zona rural das cidadelas.
O cururu é sempre executado por duplas ou grupos de vários dançarinos com instrumentos, como a viola de cocho, feita artesanalmente com madeira verde.
Viola de cocho
Instrumento da Bacia do Alto Paraguai, desde 2005 se tornou patrimônio cultural imaterial do Brasil. O “cocho” é o nome dado a um tronco inteiriço de madeira no qual se esculpe a viola.
2. Siriri
Multicultural por natureza, o siriri nasceu como manifestação por meio de práticas culturais portuguesas, africanas e espanholas.
O nome indígena indica “cupins com asa” e faz referência ao “bailado” desses insetos ao redor das lamparinas.
Para distinguir o siriri do cururu é preciso prestar atenção ao ritmo mais acelerado da viola de cocho, ganzá e adufe, usados para dar os acordes às canções populares na região.
Ganzá
Construído com bambu, esse instrumento ganha ranhuras para que o som produzido não seja abafado.
Os músicos tocam o ganzá de cima para baixo e de baixo para cima, chegando a um som semelhante ao do reco-reco.
3. Rasqueado
Cultura surgida com a mistura do siriri à polca paraguaia, o rasqueado faz referência ao som das unhas em um instrumento de corda.
O som é similar ao do siriri e se faz com instrumentos de percussão, sanfona e rabeca, além dos tradicionais cocho, mocho, adufe e ganzá.
4. Lambadão
Para conhecer a capital do Mato Grosso é preciso ouvir o lambadão, característico da baixada cuiabana (Cuiabá e Várzea Grande). O ritmo seria uma mistura da lambada do Pará a elementos do rasqueado.
Com letras românticas, e por vezes sensuais, o boom desse ritmo ocorreu nos anos 1990, nas periferias da capital.
5. Chorado
Essa é uma expressão típica da Vila Bela de Santíssima Trindade, que antes de Cuiabá, foi a capital do Mato Grosso, na era colonial. A denominação é uma referência ao choro dos escravos que pediam perdão aos senhores.
Com origens africanas, o chorado é marcado pelas palmas, além de tambor ou banco. Outro elemento característico da dança são as garrafas equilibradas na cabeça das mulheres — prática que surgiu na década de 1980, segundo as dançarinas.
6. Congo
O congo é praticado nas novenas de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. A origem sacra se misturou a elementos profanos que permanecem até hoje na dança. Originalmente, o Congo surgiu em Vila Bela (MT) antes de ser transferido a Cuiabá.
O bailado é representado, por um lado, pelo Rei, o Secretário de Guerra e o Príncipe. Contra eles, ficam o Bamba, o Embaixador do Rei e 24 soldados, no reino adversário. A “guerra” é ritmada pelos músicos, que tocam ganzá, cavaquinho e viola caipira no reino de Bamba.
7. Mascarados
Você pode conhecer a dança durante a Cavalhada em Poconé, única cidade no Brasil a realizar a tradição. A dança é bailada apenas por homens mascarados. O ritmo tradicional é composto por saxofone, pistões pratos, tuba e tambores.
A Cavalhada em Poconé — a 100 km da capital — é uma herança europeia do século 12. No Brasil, ocorre normalmente no mês de junho, atraindo milhares de turistas para ver a rixa entre Mouros e Cristãos.
Gostou deste post sobre a cultura do Mato Grosso e quer conhecer outras dicas sobre esse maravilhoso estado? Então curta a nossa página no Facebook!
Sem comentários